Seis filmes de cineastas argentinas de destaque no circuito internacional integraram a programação oferecida gratuitamente ao público, em sessões apresentadas pela curadoria que contextualizou as autoras e suas obras. O evento também contou com palestras, debates e uma exibição com acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva.

O premiado documentário Las Cinéphilas (2017), de María Álvarez, abriu a Mostra. A Professora Isabelle Anchieta ministrou uma palestra contextualizando a evolução da imagem da mulher no cinema, seguida de debate com o público e a curadora e realizadora do evento, Luisina López Ferrari. A abertura da Mostra contou com a presença de Ricardo Massot, Cônsul Geral da República Argentina em BH, do presidente do Centro Cultural Argentino em Minas Gerais, Nicolas Alasia, e do sócio fundador Marcelo Gomez. O primeiro dia do evento foi encerrado com empanadas, vinho e sangria, em coquetel oferecido pelo restaurante Che Nico Sabores Argentinos, no jardim do Palácio das Artes.

No segundo dia, a Mostra homenageou a diretora María Luisa Bemberg – umas das fundadoras da União Feminista Argentina – com a exibição do filme Camila (1984). O drama, baseado numa história real, foi escolhido para concorrer ao Oscar como melhor filme estrangeiro no ano de 1985, representando a Argentina. Nas sessões seguintes o tema maternidade foi abordado sob diferentes olhares nos filmes Mi amiga del parque, de Ana Katz (2015), e Julia y el zorro, de Inés María Barrionuevo (2018). Ao final, a Professora Doutora Roberta Veiga fez uma análise dos filmes e do conceito de maternidade ao longo da história. A palestra foi seguida de debate com o público e a diretora argentina, mediado pela curadora.

No terceiro e último dia da Mostra, foram exibidos dois filmes que retratam o tema descobertas: Atlántida, escrito e dirigido por Inés María Barrionuevo (2014) – em sessão seguida de debate com a cineasta – e Sueño Florianópolis, de Ana Katz, (2018), filme recém estreado no Brasil.