Retrospectiva

A Edição Especial homenageia a cineasta argentina Inés María Barrionuevo, uma jovem e destacada diretora e roteirista do cinema argentino contemporâneo.

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Temáticas como aborto, maternidade, descobertas da sexualidade, desigualdade de gênero, diferentes conformações e relações familiares, são abordadas na filmografia de Inés María Barrionuevo dentro de uma narrativa sutil que encanta.

Sua obra nos incita a refletir sobre outras possibilidades e nos inspira em cada cena. Nada é colocado ao acaso, cada palavra, cada detalhe na arte, cada enquadramento tem uma coerência com a história, um olhar aguçado cheio de poesia. Seus filmes também emocionam pela delicadeza retratada do cotidiano.

É uma honra para nós exibir a estreia nacional do seu novo longa-metragem “Las Motitos” (2020), em co-direção com Gabriela Vidal, que foi finalizado na pandemia e acabou de ser lançado na Argentina no 35° Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata. O filme também valoriza a produção local da sua cidade natal (Córdoba) e apresenta personagens fortes, que parecem reais, representados por atores profissionais e não profissionais. Seu universo é tão cheio de intimidade que você vai sentir até os cheiros, mas avisamos, em alguns casos podem te incomodar.

Esperamos que esta Edição Especial da Mostra de Cinema Argentino de Mujeres leve para você, e para suas pessoas queridas, um pouco de leveza e inspiração, sem perder a reflexão sobre os temas abordados. Juntas somos a revolução!

Saiba mais sobre a diretora na entrevista:

Inés María Barrionuevo nasceu na cidade de Córdoba, Argentina, onde cresceu e se formou como diretora e roteirista. É graduada em Comunicação Social pela Universidade Nacional de Córdoba (UNC), com especialização em Audiovisual. Foi professora de Roteiro na La Metro e de Direção de Cinema na La Lumière. Escreve, dirige e produz para cinema e televisão. Em 2017, fundou a produtora Gualicho Cine. Seu primeiro curta-metragem, A Quietude (La Quietud, 2012), participou do Concurso Internacional Locarno Festival 2013 e foi selecionado no Concurso Internacional do Festival de Cinema de Mar del Plata, FICIC. O segundo curta, A Prima Sueca (La Prima Sueca, 2017) circulou por importantes festivais do circuito internacional como BFI London, Festival de Cinema de Berlim 2017, Queer Lisbon, Festival Internacional de Cinema Feminino do Cairo “Bain Synemayat”, 21º Queer Film Fest Weiterstadt, TWIST: Seattle Queer Film Festival, 18ª edição do Festival de Cinema Queer MEZIPATRA, 28º Lesbisch Schwule Filmtage Hamburgo, entre outros. Foi premiado como Melhor Curta-Metragem no Festival Huelva 2017 e Melhor Curta-Metragem BAFICI 2018. Seu primeiro longa-metragem, Atlântida (Atlántida, 2014), teve estreia mundial no Festival de Cinema de Berlim. Julia e a Raposa (Julia y el Zorro, 2018), seu segundo longa, teve estreia mundial na seção Novos Diretores do Festival de San Sebastian. Em co-direção com Gabriela Vidal, estreou em 2020 (Las Motitos, 2020) no 35º Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata. Atualmente, está terminando a pós-produção de seu quarto filme.